Granuloma
Texto de Adriana Façanha
O granuloma é um achado patológico da inflamação crônica presente em várias doenças bastante comuns da prática clínica,como a tuberculose. Ao contrário do que muitos pensam do granuloma, ele só depende do achado de MACRÓFAGOS EPITELIÓIDES para ser identificado. Os macrófagos epitelióides, como a própria denominação indica, são macrófagos modificados em células de aspecto fusiforme, núcleo não muito bem delimitado e nucléolo facilmente identificável, que se organizam em paliçada (ou não!!!), como um epitélio típico. Eles se encontram ali para organizar, ou porque não dizer, orquestrar a resposta inflamatória naquele tecido, como que isolando e mantendo o processo inflamatório restrito. No caso da tuberculose, a formação de granulomas é parte importantíssima da resposta imunológica do hospedeiro a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis. O granuloma mantém isoladas as células em cujo interior sobrevive a micobactéria. Tanto é assim que no hospedeiro imunocomprometido os granulomas podem não existir, pois não existem ‘apetrechos’ imunológicos para que se isole o parasita intracelular.
Um excelente protótipo de doença granulomatosa é a sarcoidose, de base auto-imune. O achado do histopatológico de gânglios linfáticos acometidos é de aglomerados coalescentes de macrófagos epitelióides, sem que haja mais comemorativos, como necrose central, ou coroa linfocitária, ou mesmo as famigeradas células gigantes de Langhans, todos achados típicos do granuloma tuberculoso (necrose central caseosa – achado macroscópico – semelhante ao queijo, ‘casei’ do latim).
Bibliografia: anotações em sala de aula / atividades da monitoria.