Texto de Davi Melo
Os rins ajudam a manter o volume de líquido extracelular, regulando a quantidade de Sódio(Na+) na urina. O sódio é o principal contribuinte para a osmolaridade do líquido extracelular. Desta maneira, sem pensar demais, aonde o sódio vai, a água vai atrás.
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As estruturas tubulares, não importa qual, reabsorvem Sódio e Cloro (cloreto) por duas vias principais:
A maior parte do Sódio filtrado é reabsorvido juntamente com o Cl-, e de forma passiva, a água segue o mesmo rumo. Tanto a via transcelular, quanto a via paracelular participam desse processo.
Apesar de pesar apenas 0,5% do total do peso corpóreo, os rins consomem cerca de 7-10% do Oxigênio do sangue, já que o alto nível de transporte de Na+(ativamente) requer metabolismos oxidativos para a formação de ATP.
O corpo humano usa três grandes mecanismos para regular o transporte desses íons. São Eles:
1. Mudanças Hemodinâmicas renais que alteram a quantidade de Na+ aportado ao rim e a taxa de reabsorção de NaCl no TCP.
2. Fatores que aumentam o volume circulante efetivo (aumentam a concentração de Na+ no sangue):
3. Fatores Humorais Natriuréticos que diminuem a reabsorção de Na+(diminuem a concentração de Na+no sangue):
Ao contrário do sódio, 98% de todo o potássio do corpo encontra-se no âmbito intracelular, estando os outros 2% no líquido extracelular. Essa concentração de K+ dentro das células é importante para manter o volume celular, regular o pH intracelular, controlar a função enzimática, síntese de DNA e proteínas, e crescimento da célula. Já a baixa concentração de K+ extracelular é uma das responsáveis pela existência de um potencial de membrana, tanto em células excitáveis, quanto em não-excitáveis.
A excreção de Potássio se dá através dos rins, que excreta cerca de 90-95% do consumo diário de K,+e do TGI, responsável pela excreção de aproximadamente 5-10%. Os rins excretam K+ através de uma combinação de filtração, reabsorção e secreção. No final das contas, o sistema renal acaba excretando cerca de 10-15% do total de potássio inicialmente filtrado. É importante saber o balanço externo de Potássio, calculado pela simples fórmula: 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑡á𝑠𝑠𝑖𝑜/𝐸𝑥𝑐𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑡á𝑠𝑠𝑖𝑜 ÷ 1 𝑑𝑖𝑎 para que se tenha uma noção da quantidade de potássio no corpo, já que uma depleção deste elemento pode trazer algumas conseqüências como:
O túbulo proximal reabsorve o volume de K+ filtrado (80%), ao passo que a parte mais distal do néfron pode reabsorver ou secretar K+, dependendo do consumo diário deste elemento.
A reabsorção de potássio ao longo do túbulo proximal é largamente passiva e segue o movimento de sódio e do fluido. Desta maneira, intervenções que deprimam a reabsorção de fluido, quase sempre também inibirão a reabsorção de potássio.
A parte delgada descendente da alça de Henle, principalmente dos néfrons justamedulares, secretam potássio de forma passiva. Já na delgada ascendente ocorre reabsorção, movimento contrário, também de forma passiva.
A administração de diuréticos de alça, como a furosemida (Lasix®), bloqueia a rede de reabsorção de K+, Na+ e Cl-.
Assim, como outros componentes já vistos, a secreção de Potássio depende de alguns fatores, uns mais importantes que outros, mas todos consideráveis. Os principais são:
FONTES
Berne e Levy, Fisiologia Humana 6 edição. Katzung, Farmacologia Básica e Clínica, 10 edição.