Granuloma

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Edição feita às 18h30min de 5 de Outubro de 2012 por Flora (Discussão | contribs)

Granuloma


Texto de Adriana Façanha e Flora Cruz de Almeida

Granuloma pode ser definido, basicamente, como uma hiperplasia focal, avascular, do sistema mononuclear macrofágico, em resposta a agentes agressores de baixa virulência. Ou seja, são compostos fundamentalmente por macrófagos ou pela fusão dessas células - as chamadas células gigantes ou multinucleadas, além de grande quantidade de linfócitos T e alguns granulócitos e plamócitos também o constituírem. Tais células estão em maior número (hiperplasia) e restritas a um determinado local (focal). Os vasos sanguíneos estão restritos à periferia do granuloma (avascular). Por fim, os agentes agressores são de baixa virulência, isto é, possuem poucas propriedades de agressão ao tecido (por exemplo, produção de toxinas), mas de alta patogenicidade, isto é, provocam ampla resposta no tecido. A gênese dos granulomas está diretamente relacionada com processos imunes e a inflamação granulamentosa é um tipo de reação inflamatória crônica particular. Primeiramente, há a invasão do agente infeccioso e, consequentemente, a multiplicação do número de macrófagos para fagocitá-lo. Quando essas células maturam, podem passar a ser chamadas de epitelóide, pois adquirem um aspecto muito próximo daquele encontrado nas células epiteliais. Um agregado microscópico de células epitelóides rodeadas por um “colar” de linfócitos e alguns plasmócitos se forma. Frequentemente, as células epitelióides se fundem umas com as outras, originando as células gigantes (multinucleadas). Essas células são constituídas por uma grande massa citoplasmática contendo 20 ou mais pequenos núcleos arranjados perifericamente (células de Langhans) ou de maneira desordenada (célula gigante de corpo estranho) e ocupam, inicialmente, a porção central do granuloma. Na periferia, são observados linfócitos do tipo T, os quais caracterizam uma resposta de hipersensibilidade tardia. Distanciando-se ainda mais do centro, encontram-se fibroblastos e vasos sangüíneos, os primeiros para dar suporte a estrutura granulomatosa e os segundos, para nutri-la. Com o passar do tempo e o crescimento de granuloma, sua porção central pode sofrer necrose caseosa, devido à carência nutricional. Forma-se, então, um centro necrótico. Por ser um facilitador do diagnóstico de doenças quando achado e caracterizado existem diversas classificações e nomenclaturas para os granulomas utilizando critérios anatômicos e morfológicos, de etiologia (envolvendo a causa do processo) ou de patogenia (envolvendo os mecanismos de origem). Afinal, eles podem ser encontrados em uma grande variedade de doenças, como: tuberculose, lepra, sífilis, esquistossomose, sarcoidose, silicose, berilose, entre outras. A cura do granuloma ocorre mediante o desaparecimento do agente infeccioso, resultando em uma cicatrização ou regeneração.


BIBLIOGRAFIA http://143.107.23.244/lido/patoartegeral/patoarteinfl10.htm http://www.grupoescolar.com/pesquisa/granuloma.html Patologia – Bases Patológicas das Doenças, Robbins e Cotran, 7ª edição


O granuloma é um achado patológico da inflamação crônica presente em várias doenças bastante comuns da prática clínica,como a tuberculose. Ao contrário do que muitos pensam do granuloma, ele só depende do achado de MACRÓFAGOS EPITELIÓIDES para ser identificado. Os macrófagos epitelióides, como a própria denominação indica, são macrófagos modificados em células de aspecto fusiforme, núcleo não muito bem delimitado e nucléolo facilmente identificável, que se organizam em paliçada (ou não!!!), como um epitélio típico. Eles se encontram ali para organizar, ou porque não dizer, orquestrar a resposta inflamatória naquele tecido, como que isolando e mantendo o processo inflamatório restrito. No caso da tuberculose, a formação de granulomas é parte importantíssima da resposta imunológica do hospedeiro a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis. O granuloma mantém isoladas as células em cujo interior sobrevive a micobactéria. Tanto é assim que no hospedeiro imunocomprometido os granulomas podem não existir, pois não existem ‘apetrechos’ imunológicos para que se isole o parasita intracelular.

Um excelente protótipo de doença granulomatosa é a sarcoidose, de base auto-imune. O achado do histopatológico de gânglios linfáticos acometidos é de aglomerados coalescentes de macrófagos epitelióides, sem que haja mais comemorativos, como necrose central, ou coroa linfocitária, ou mesmo as famigeradas células gigantes de Langhans, todos achados típicos do granuloma tuberculoso (necrose central caseosa – achado macroscópico – semelhante ao queijo, ‘casei’ do latim).

Bibliografia: anotações em sala de aula / atividades da monitoria.

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