Antidepressivos

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Edição feita às 23h06min de 1 de Setembro de 2012 por Sarah diogenes (Discussão | contribs)
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Texto de Sarah Diógenes

Tabela de conteúdo

ANTIDEPRESSIVOS

Atualmente, acredita-se que a depressão está associada a uma diminuição de transmissão sináptica funcional dependente das aminas. Essa associação forneceu base daquilo que passou a ser conhecido como hipótese da amina da depressão. Com isso, os fármacos que aumentavam a função amina em áreas sinápticas apropriadas poderiam aliviar a depressão. Podemos dividir os antidepressivos em diferentes classes, classificando-os de acordo com o seu mecanismo de ação. Iremos, a partir de agora, dar início a essa diferenciação de classes:


Inibidores da Monoaminooxidase (IMAO)

A primeira classe que falaremos será a dos inibidores de monoaminooxidase (IMAO) que tem como mecanismo de ação a inibição da enzima MAO que é responsável pela destruição dos neurotransmissores dentro do neurônio. Com essa destruição, os neurotransmissores permanecem mais tempo na fenda sináptica. A MAO-A é primariamente responsável pelo metabolismo da noreprinefrina, da serotonina e da tiromina, já a MAO-B é mais seletiva para a dopamina. Os inibidores irreversíveis bloqueiam as duas formas de enzima.

O bloqueio irreversível da MAO permite um acúmulo significativo de tiromina e perda de metabolismo de primeira passagem que protege contra a tiromina dos alimentos. Outros efeitos adversos podem acontecer ao uso desses medicamentos como hipotensão ( já que resulta em substituição do transmissor normal – norepinefrina – armazenando as vesículas das terminações nervosas noradrenérgicas por um falso transmissor, a octopamina ), cefaleia , sonolência, boca seca, ganho de peso, distúrbios sexuais. É valido lembrar, contudo, que a overdose de inibidores de MAO é bem incomum.


Antidepressivos tricíclicos

Outra classe de antidepressivos é a dos tricíclicos que são de primeira gereção e demonstram graus variáveis de seletividade pelas bombas de recaptação da norepinefrina e serotonina, levando a um bloqueio de recaptura de monoaminas, principalmente norepinefrina (NE) e serotonina (5-HT), em menor proporção dopamina (DA).

Os efeitos colaterais apresentados por essa classe de fármacos são: sedação, sonolência, tremor, insônia, visão turva, prisão de ventre, hesitação urinaria, confusão, hipotensão ortostática, defeitos de condução, arritmia, agravamento da psicose, síndrome da abstinência ( os agentes tricíclicos são extremamente perigosos quando tomados em quantidades excessivas e os pacientes deprimidos tem mais tendência ao suicídio que os outros pacientes ), convulsões, ganho de peso e distúrbios sexuais.


Inibidores Seletivos da Recapatação de Serotonina (ISRS)

Essa outra classe de fármacos apresenta uma baixa afinidade conhecida por receptores adrenérgicos, colinérgicos e histaminérgicos e maior afinidade pelo bloqueio de proteínas de recaptação da serotonina.

Os seus efeitos colaterais estão relacionados com sua ação química ( efeitos serotonérgicos ) como insônia, náuseas, vômitos, diarreias, cefaleia, ansiedade, agitação, tremor, disfunção sexual.


Bloqueadores da recaptura de noradrenalina e dopamina

Essa classe de fármacos atua sendo inibidores relativamente seletivos da receptação de noradrenalina e dopamina, com mínimo efeito de receptação da serotonina. Possuem efeitos anticolinérgicos e anti-histamínicos além de apresentar a inibição do CYP2D6 do cromossomo P450.

Os seus efeitos colaterais são: taquicardia, vasodilatação, elevação da pressão arterial, insônia, tremor, cefaleia, tontura, agitação e ansiedade.


Inibidores de recaptura de serotonina e noradrenalina

Esses fármacos inibem o mecanismo de recaptura da noradrenalina, dopamina e serotonina. Sua afinidade pelos receptores noradrenergicos é dose dependente. Teoricamente, não possui ação no sistema colinérgico, histamínico e bloqueio de receptores a1 adrenergicos, contudo apresenta efeitos colaterais característicos de ação anticolinérgica como constipação e boca seca.

Os outros efeitos colaterais apresentados por esses fármacos são: náusea, sonolência, tontura, sudorese e insônia.


Inibidores da recaptura de Serotonina-2

Esses fármacos possuem um efeito antagonista sobre os receptores 5HT2 ou um bloqueio a1 adrenergico e histaminérgico, podendo causar priapismo como efeito adverso.


Inibidores seletivos de receptação de noradrenalina

Esses inibidores podem ser representados pela Reboxetinae é um inibidor altamente seletivoe potente da receptação da noradrenalina.


Agentes de segunda geração

São representados pela amoxapina e são metabolitos de fármacos antipsicóticos e antagonistas de receptores da dopamina. O antagonismo dopaminico pode levar a parksonismo, síndrome de amnorreia-galactorreia e, raramente, descinesia tardia. A experiência clinica com trazodona indicou uma eficácia imprevisível para o tratamento da depressão, embora o fármaco tenha se mostrado muito útil como hipnótico, sendo algumas vezes associados aos IMAO que comprometem o sono.

Como fatores adversos podemos citar: sonolência, tontura, insônia, náusea e agitação.




Bibliografia:

Farmacologia Básica e Clínica – Katzung – 10ª. Edição – Lange

Moreno, R.A. ; Moreno, D.H.2 ; Soares, M.B.M. - Psicofarmacologia de antidepressivos

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