Diagnóstico Laboratorial de Anemias

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Diagnóstico Laboratorial em Anemias

Por mais que seja tratada como doença contida em si mesma, a anemia é um sintoma. Refere-se a alguma patologia que, aí sim, merece tratamento, de preferência mais elaborado do que a prescrição de ferro às cegas. Muitas vezes a única maneira de encontrar essa patologia é através dos resultados de um hemograma. Para melhor interpretá-los, sugerimos um modelo de raciocínio diagnóstico neste texto. Salienta-se que cada profissional pode adotar uma linha de pensamento própria, mas esta é, talvez, a mais didática.

Uma vez que a suspeita de anemia foi confirmada com o nível reduzido de hemoglobina (menos de 13,5g/dL em homens e de 12,0g/dL em mulheres, com variações entre laboratórios), observa-se o VCM, isto é, o volume corpuscular médio. Caso dentro do normal (80 a 100 fL), trata-se de uma anemia normocítica. Caso acima, uma anemia macrocítica, e uma microcítica, se abaixo. É possível então afunilar bastante as hipóteses diagnósticas: Anemia microcítica – é a apresentação da deficiência de ferro, da talassemia e da doença crônica Anemia normocítica – na aplasia de medula, na infiltração medular, nas neoplasias, nos processos inflamatórios, nas doenças renais, nas doenças metabólicas (hipotireoidismo), na insuficiência adrenal, na cirrose, na AIDS, na ICC e em infecções pulmonares Anemia macrocítica – deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico, mielodisplasia, quimioterapia, doenças hepáticas, reticulocitose, mixedema.

Tendo determinada essa característica essencial, pensa-se nos reticulócitos. Tratam-se de células eritrocitárias jovens, saídas recentemente da medula óssea. Sua presença serve como um marcador para o primeiro dia do eritrócito no sangue periférico. Assim, o aumento no seu número (que está entre 0,5% e 1,5% dos componentes sanguíneos) reflete a hiperatividade da reposição eritrocitária, sendo uma boa resposta à hipoxemia e à anemia. Assim, o fluxograma abaixo ajuda o raciocínio diagnóstico:

Arquivo:Anemiaesquema.png

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