Hipertensão Arterial Sistêmica

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Edição de 22h35min de 21 de Agosto de 2009

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA


A Hipertensão Arterial Sistêmica pode ser entendida como uma entidade patológica caracterizada pela imposição de níveis pressóricos médios elevados ao sangue circulante. Tecnicamente, define-se por níveis de pressão arterial maiores que 140x90 mmHg, aferidos, no mínimo, 3 vezes e em períodos diferentes do dia. Valores ótimos de pressão arterial são considerados aqueles menos que 120x80 mmHg, apesar de que alguns autores considerem níveis de pressão sistólica maiores que 115mmHg como fatores predisponentes de complicações a longo prazo.Valores pressóricos situados no intervalo 130x80mmH<PA<139x89mmHg são classificados como Hipertensão Limítrofe. A classificação atual da Hipertensão considera dois Graus:

GRAU 1 - 140mmHg<= Sistólica <=159mmHg / 90mmHg<= Diastólica <= 99 mmHG

GRAU 2 - Sistólica >= 160mmmHg / Diastólica >=100 mmHg

• No caso de achado de PA de 180 x 90, por exemplo, considera-se o maior valor encontrado para classificar o grau. No caso, com uma pressão sistólica maior que 160mmHg, a classificação é de HAS Grau 2, independente do valor GRAU 1 encontrado para a pressão diastólica (90mmHg).

O valor da pressão arterial é definido por duas variáveis, quais sejam o débito cardíaco ( depende da freqüência cardíaca e do volume ejetado) e a resistência vascular periférica (depende de estímulos nervosos autônomos e é sujeita a estímulos patológicos, como o binômio arteriosclerose/aterosclerose).

PA= DC x RVP

Para fazer um screening dos pacientes identificados como hipertensos, é necessário definir a origem da doença. 95% dos pacientes hipertensos apresentam-se com Hipertensão PRIMÁRIA, isto é, sem que causas subjacentes, como doenças vasculares (ex.: estenose de artéria renal) tenha elevado os níveis pressóricos. Doenças do parênquima renal, feocromocitoma(tumor da medula adrenal), estenose de artéria renal, o hiperaldosteronismo e a Síndrome de Cushing são algumas entidades patológicas tratavéis sobre as quais se superpõe um quadro de Hipertensão SECUNDÁRIA.

Ainda sobre a HAS, é necessário avaliar continuamente o paciente em relação às potenciais lesões de órgãos-alvo da HAS, tais como o coração, os rins e o SNC (avaliação da retina – exame fundoscópico). Para tal, faz-se necessário um exame físico bem feito, dosagens de creatinina periódicas na suspeita de doença renal hipertensiva, avaliação de sobrecarga de câmaras cardíacas ou miocardiopatia isquêmica/hipertrófica por meio do eletrocardiograma, além do exame de fundo de olho posto como rotina na avaliação de pacientes hipertensos.

Tratamento

O tratamento da HAS consiste no tratamento de causas de hipertensão secundária e, no caso da hipertensão primária, esse tratamento se impõe com o uso de medicamentos anti-hipertensivos, como diuréticos (furosemida), bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina), beta-bloqueadores (propranolol), antagonitas da aldostenona(losartana), inibidores da ECA(captopril), dentre outras classes de drogas.

Bibliografia

Isabela M. Benseñor; José Antonio Atta; Mílton de Arruda Martins. (Org.). Semiologia Clínica - Sintomas e Sinais Específicos. 1ª ed. São Paulo: Sarvier, 2002, v. , p. 23-26. Anotações feitas em sala de aula.

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