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*'''Cátions Endógenos''': como a dopamina, norepinefrina e histamina; | *'''Cátions Endógenos''': como a dopamina, norepinefrina e histamina; | ||
*'''Cátions Exógenos''': como a morfina, quinina e amilorida (diurético). | *'''Cátions Exógenos''': como a morfina, quinina e amilorida (diurético). | ||
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+ | Berne e Levy, Fisiologia Humana, 6 edição. | ||
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+ | Katzung, Farmacologia Básica e Clínica, 10 edição. |
Texto de Davi Melo
Além de regular o equilíbrio de Sódio e Cloro, visto em Transporte de Substâncias - Parte 1, e o controle Ácido-Básico do corpo, os rins desempenham um papel central no controle dos níveis plasmáticos de uma grande variedade de solutos que estão presentes em baixas concentrações no corpo. Dentre os principais podem-se destacar a Uréia, um composto orgânico formado principalmente no fígado, Glicose, íons ou poli-íons importantes como fosfato, cálcio e magnésio, além de diversos outros solutos orgânicos presentes na corrente sanguínea.
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Deve-se, antes de mais nada, recordar o tempo em que os amigos Amabis e Sônia Lopes eram melhores que Guyton e Levy, somente para ressaltar que a Uréia é a principal excreta nitrogenada do organismo humano. É produzida principalmente no fígado como produto terminal do metabolismo protéico, apresentando moderadas toxicidade e solubilidade.
O siste-ma renal é o principal mecanismo de expurgo da uréia, que é filtrada livremente no glomérulo, e depois reabsorvida e, novamente, secretada, sendo a quantidade excretada na urina menor que a quantidade filtrada inicialmente. Os principais locais de reabsorção da uréia são o Túbulo Contorcido Proximal e o Ducto Coletor Medular, ao passo que os principais sítios de secreção são os segmentos delgados das alças de Henle.
A excreção renal de Uréia aumenta com o aumento do fluxo urinário. Deve-se lembrar que durante a progressão da doença renal, o declínio da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) leva a um baixo fluxo urinário e retenção de uréia, aumentando no sangue um importante marcador, chamado de BUN (Blood Urea Nitrogen), que pode ser usado como marcador de função renal, juntamente com os níveis de creatinina.
O rim filtra glicose livremente no glomérulo e depois a reabsorve, de forma que apenas leves traços desta aparecem em condições normais na urina. O Túbulo contorcido proximal reabsorve quase toda a glicose filtrada no seu 1/3 inicial. O restante é reabsorvido em segmentos distais.
A excreção de glicose na urina ocorre apenas quando a concentração plasmática excede um limiar, geralmente superior a 250mg/dl de sangue. Quando há presença anormal de glicose na urina, mesmo que as concentrações desse soluto estejam normais no sangue (normoglicemia), denomina-se esse quadro de Glicosúria Renal. Geralmente reflete uma patologia de natureza genética hereditária que gera uma deficiência dos componentes tubulares em reabsorver glicose propriamente, mas pode ser uma condição fisiológica em diabéticos, gestantes e portadores de hipertireoidismo.
Primeiramente deve-se diferenciar os fosfatos orgânicos dos inorgânicos. O fosfato orgânico é um componente essencial de grande número de moléculas biologicamente importantes, como os ácidos nucléicos (RNA e DNA), trifosfato de adenosina (ATP), AMP cíclico e fosfolipídios da membrana. Já os fosfatos inorgânicos circulantes funcionam, principalmente, como substratos para a síntese do fosfato orgânico, contribuem para a integridade funcional de ossos e dentes, e funcionam como tampão para o íon hidrogênio no plasma.
Metade do fosfato plasmático encontra-se na forma ionizada (80% na forma HPO42- e 20% na forma H2PO4-), estando o restante ligado a pequenos solutos ou a proteínas. O Túbulo Contorcido Proximal reabsorve cerca de 80% de todo o fosfato filtrado, seguido do Túbulo Contorcido Distal, que reabsorve cerca de 10%. Os outros 10% são excretados na urina, mesmo que as concentrações plasmáticas do fosfato estejam dentro de limites ditos normais.
A concentração de fosfato no sangue depende de vários fatores, como o Paratormônio, que inibe a sua reabsorção e, desta forma, aumenta sua excreção final na urina.
Uma dieta rica em fosfato também diminui a reabsorção de fosfato, mesmo que os níveis de PTH estejam dentro dos limites normais.
O rim reabsorve cerca de 99,5% do cálcio filtrado, principalmente no Túbulo Proximal, porção ascendente espessa da alça de Henle e Túbulo Contor-cido Distal:
A excreção renal de magnésio desempenha um importante papel na manutenção fisiológica dos níveis plasmáticos desse mesmo íon, como mecanismo de equilíbrio.
Apenas 5%, ou menos, do magnésio filtrado é excretado de fato na urina. Ao contrário da grande maioria dos componentes que são filtrados, principalmente no néfron proximal, o magnésio é reabsorvido predominantemente na parte ascendente espessa da alça de Henle (cerca de 70%). O túbulo proximal é responsável por 15% da reabsorção , e o TCD juntamente com os túbulos coletores são responsáveis por cerca de 10%.
Os glomérulos filtram aminoácidos livremente, mas como estes são nutrientes importantes, é vantajoso para o organismo recuperá-los do filtrado. O Túbulo Contorcido Proximal reabsorve mais de 98% desses aminoácidos via rota transcelular.
Os túbulos proximais reabsorvem efetivamente cerca de 99% dos oligopeptídeos filtrados. Na superfície externa da borda em escova da membrana da membrana das células dos túbulos proximais existem várias peptidases, que hidrolisam muitos peptídeos, incluindo a Angiotensina II, liberando-os na forma de seus aminoácidos constituintes na luz tubular, que são então reabsorvidos
Apesar da barreira de filtração glomerular prevenir a filtração de grandes quantidades de proteínas, essa restrição é incompleta. A albumina, por exemplo, uma das principais responsáveis pela pressão coloidosmótica do sangue, pode ser filtrada e depois reabsorvida. A principal forma de reabsorção de proteínas pelos túbulos proximais é através de endocitose mediada por receptor.
Carboxilatos são produtos do metabolismo anaeróbico (piruvato e lactato), e incluem os intermediários do ciclo do ácido cítrico. São importantes para o metabolismo energético, portanto sua perda pela urina seria desvantajosa. Normalmente, o túbulo proximal reabsorve virtualmente todas essas substâncias. Entretanto, podem aparecer na urina quando sua concentração plasmática é elevada.
Os uratos são sais ou ésteres provenientes do metabolismo do ácido úrico. Os rins filtram o urato, e então o túbulo proximal sucessivamente reabsorve, secreta, e mais uma vez reabsorve este soluto (loucura?). A reabsorção predomina, já que apenas 10% do urato filtrado é realmente excretado. Deve-se lembrar a importância dos sais de urato, principal-mente o monourato de sódio, pois estes tem uma facilidade em se precipitar em tecidos do corpo, formando cristais(chamados tofos), principalmente nas articulações. Essa condição, que causa imensa dor, denomina-se Gota.
O túbulo proximal secreta uma grande variedade de ânions orgânicos. Estes incluem:
A parte final do túbulo proximal secreta uma grande variedade de cátions orgânicos. Este incluem:
FONTES
Berne e Levy, Fisiologia Humana, 6 edição.
Katzung, Farmacologia Básica e Clínica, 10 edição.