Cardiopatias Congênitas Obstrutivas

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(Cardiopatias Congênitas, coarctação da aorta, estenose pulmonar, atresia pulmonar, estenose aórtica, atresia aórtica, tetralogia de fallot, persistência do canal arterial)
(Cardiopatias Congênitas, coarctação da aorta, estenose pulmonar, atresia pulmonar, estenose aórtica, atresia aórtica, tetralogia de fallot, persistência do canal arterial)
 

Edição atual tal como 17h03min de 27 de fevereiro de 2012

Texto de Bárbara Ximenes Braz

Tabela de conteúdo

Cardiopatias Congênitas Obstrutivas

A obstrução congênita ao fluxo sanguíneo pode ocorrer ao nível das valvas cardíacas ou dentro de um grande vaso. As anomalias citadas abaixo pertencem a este grupo.

Coarctação da Aorta

Anomalia relativamente freqüente quando comparada com as demais anomalias estruturais, é duas vezes mais freqüente em homens que em mulheres e ocorre com freqüência na síndrome de Turner.

Formas clássicas da doença

1) Forma infantil: há hipoplasia da tubular do arco da aorta proximal à PCA, frequentemente sintomática no início da infância.

2) Forma adulta: há uma prega discreta semelhante a uma crista no interior, em posição oposta ao canal arterial fechado (ligamento arterial) e distal aos vasos do arco. Tem gravidade variável, de acordo com o grau de invasão do lúmen.

Em 50% dos casos é acompanhada de valva aórtica bicúspide e pode estar associada à estenose aórtica, DAS, DSV, regurgitação mitral e aneurismas saculares no círculo de Willis no cérebro.


Manifestações clínicas

Dependem do grau de estreitamento e da presença de persistência do canal arterial.

1) A associação à PCA leva a manifestações no início da vida e a passagem de sangue pelo canal arterial produz cianose na metade inferior do corpo. Nesse caso é necessária intervenção precoce.

2) A ausência de PCA associada tem prognóstico bem menos sombrio, cursando com hipertensão em extremidades superiores, e pulso fraco e pressão arterial menos em extremidades inferiores, estas gerando manifestações de insuficiência arterial. Nos adultos, há desenvolvimento de circulação colateral entre artérias pré e pró-coarctação, por meio de artérias intercostais e mamárias internas.

Há presença de sopros durante toda a sístole em coarctações significativas e cardiomegalia, podendo haver também frêmito.


Estenose e Atresia Pulmonares

Consiste em obstrução da valva pulmonar, variando de leve a grave, e pode ser isolada ou estar associada a anomalias mais complexas, como Tetralogia de Fallot ou Transposição dos Grandes Vasos.

Há hipertrofia do VD e pode haver dilatação pós-estenótica da artéria pulmonar, decorrente de lesão na parede da artéria pelo “fluxo em jato”.

Quando associada a estenose subpulmonar(ex.: Tetralogia de Fallot), a alta pressão do ventrículo não é transmitida para a valva e o tronco pulmonar não é dilatado, tornando-se hiopoplásico.

Quando há atresia da valva, não existe comunicação entre VD e pulmões, sendo a anomalia associada a VD hipoplásico e a DAS. O fluxo chega aos pulmões por canal arterial patente.


Estenose e Atresia Aórticas

O estreitamento e a obstrução congênitos da valva aórtica podem ocorrer em 3 lugares: valvular, subvalvular e supravalvular.

Estenose aórtica valvular

Cúspides hipoplásicas, displásicas ou em número anormal.

Na forma grave da doença, há hipoplasia de VE e de aorta ascendente, podendo ser acompanhado por fibroelastose endocárdica densa. O canal arterial precisa estar aberto para permitir fluxo de sangue para aorta e coronárias.

Esse conjunto de achados constitui a Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico, e, sem intervenção, é fatal quando o canal arterial se fecha. A forma leve da doença pode ser compatível com a vida.

Estenose subaórtica

Anel ou colarinho espessos, formados por tecido endocárdico fibroso e denso abaixo do nível das cúspides. Geralmente associada a sopro sistólico forte e, algumas vezes, a um frêmito. Há hipertrofia por pressão do VE, mas as formas leves são bem toleradas.

Estenose aórtica supravalvular

Displasia aórtica em que a parede da aorta ascendente está muito espessada, gerando estreitamento do lúmen. Pode estar associada à deleção do cromossomo 7, que inclui o gene para elastina.


Fonte: Patologia – Bases Patológicas das Doenças, Robbins e Cotran; Vinay Kumar, Abul K. Abbas, Nelson Fausto, 8ª edição

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