Síndrome de Marfan

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Dentre os sinais clínicos da Síndrome de Marfan alguns são considerados sinais maiores por apresentarem maior freqüência e especificidade, são eles: subluxação do cristalino, dilatação da aorta ascendente, dissecção da aorta e ectasia dural. O conhecimento desse fato é importante para um correto diagnóstico.
Dentre os sinais clínicos da Síndrome de Marfan alguns são considerados sinais maiores por apresentarem maior freqüência e especificidade, são eles: subluxação do cristalino, dilatação da aorta ascendente, dissecção da aorta e ectasia dural. O conhecimento desse fato é importante para um correto diagnóstico.
  Os requisitos são:  
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  - nos casos esporádicos (ou parente de primeiro grau não afetado): deverá ocorrer o envolvimento do esqueleto e de dois outros sistemas,sendo pelo menos uma manifestação maior;  
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sendo pelo menos uma manifestação maior;  
  - nos casos familiais (ou pelo menos um parente de primeiro grau afetado): deverá ocorrer o envolvimento de dois sistemas,  
  - nos casos familiais (ou pelo menos um parente de primeiro grau afetado): deverá ocorrer o envolvimento de dois sistemas,  
sendo pelo menos uma manifestação maior.  
sendo pelo menos uma manifestação maior.  
Uma revisão dos critérios diagnósticos mais recentes acrescentou dados do estudo do gene, quando este for um dado conhecido, e a presença de quatro manifestações esqueléticas como um sinal maior.
Uma revisão dos critérios diagnósticos mais recentes acrescentou dados do estudo do gene, quando este for um dado conhecido, e a presença de quatro manifestações esqueléticas como um sinal maior.

Edição de 15h40min de 17 de Dezembro de 2009

Texto de Lucas de Araujo

SINDROME DE MARFAN


A síndrome de Marfan é uma doença que afeta o tecido conjuntivo. É de origem genética, autossômica dominante, com expressividade variável intra e inter familiar, sem predileção por raça ou sexo, de penetrância completa e que mostra uma prevalência de 1/10.000 indivíduos. A mutação que causa essa doença pode ser herdada (logo o pai ou a mãe também deve ter manifestações clínicas) ou ter acontecido pela primeira vez, à qual chamamos de mutação nova. Uma vez portador da mutação e das características clínicas a chance de transmiti-la para os filhos é de 50%. Aproximadamente 30% dos casos são esporádicos e os 70% restantes são de origem familiar.

Causa

A síndrome de Marfan clássica é causada por mutações (já foram descobertas mais de 200) no gene que codifica uma proteína chamada fibrilina (FBN1). Este gene foi localizado no cromossomo 15 (15q21) e é composto de 65 éxons. Estas mutações podem ser encontradas em 90% dos indivíduos que preenchem os critérios de diagnóstico clínico. Alternativamente, foram descritas mutações nos genes TGFBR2 e TGFBR1 nestes doentes. No caso destes dois genes, o quadro clínico pode ser um pouco diferente e inclui a síndrome de Marfan tipo 2 e a síndrome de Loeys-Dietz (aneurisma aórtico).


Sinais e sintomas

A fibrilina é um importante componente na formação das fibras elásticas. As principais manifestações fenotípicas da síndrome de Marfan envolvem os sistemas esquelético, cardiovascular e ocular. Essa possibilidade de atingir órgãos tão diferentes é denominada pleiotropia. As principais manifestações esqueléticas são:

- escoliose
- aracnodactilia
- estatura elevada
- braços alongados 
- pectus excavatum (peito de pombo e peito em quilha) 
- pectus carinatum (peito de sapateiro, peito escavado e tórax escavado) 

As principais manifestações oculares são:

- subluxação do cristalino 
- miopia 
- descolamento de retina
- catarata
- glaucoma

As principais manifestações cardiovasculares são:

- prolapso de válvula mitral
- dilatação da aorta 
- aneurisma dissecante de aorta.

Podem ocorrer também manifestações no sistema nervoso central, como:

- ectasia dural
- meningocele lombar e sacral
- cisterna magna dilatada 
- distúrbio de aprendizado e hiperatividade.

Diagnóstico

Dentre os sinais clínicos da Síndrome de Marfan alguns são considerados sinais maiores por apresentarem maior freqüência e especificidade, são eles: subluxação do cristalino, dilatação da aorta ascendente, dissecção da aorta e ectasia dural. O conhecimento desse fato é importante para um correto diagnóstico.

Os requisitos são: 
- nos casos esporádicos (ou parente de primeiro grau não afetado): deverá ocorrer o envolvimento do esqueleto e de dois outros sistemas, 

sendo pelo menos uma manifestação maior;

- nos casos familiais (ou pelo menos um parente de primeiro grau afetado): deverá ocorrer o envolvimento de dois sistemas, 

sendo pelo menos uma manifestação maior. Uma revisão dos critérios diagnósticos mais recentes acrescentou dados do estudo do gene, quando este for um dado conhecido, e a presença de quatro manifestações esqueléticas como um sinal maior.

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