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Está envolvido em reflexos nos quais a movimentação da cabeça decorre de estímulos visuais. Surge no colículo superior, presente no mesencéfalo, o qual recebe fibras da retina e do córtex visual. | Está envolvido em reflexos nos quais a movimentação da cabeça decorre de estímulos visuais. Surge no colículo superior, presente no mesencéfalo, o qual recebe fibras da retina e do córtex visual. | ||
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Figura 1.Representação esquemática das vias motoras eferentes somáticas. | Figura 1.Representação esquemática das vias motoras eferentes somáticas. |
VIAS EFERENTES SOMÁTICAS
Escrito por Caio Abner
Tabela de conteúdo |
As vias eferentes estabelecem uma comunicação entre os centros supra-segmentares do sistema nervoso e os órgãos efetuadores. O circuito básico que promove o ato motor é formado pelo córtex cerebral e pelo neurônio motor. Embora esse seja o cerne do controle motor, há outros elementos envolvidos. O córtex interage com os gânglios da base através de fibras que passam pelo tálamo. Assim, as informações geradas em diversas áreas do córtex cerebral são processadas nos núcleos da base e influenciam a atividade motora somática através do trato córtico-espinhal. O cerebelo promove juntamente ao córtex cerebral o planejamento do movimento. Uma vez iniciado, o movimento passa a ser controlado pelo cerebelo, que é informado das características do movimento em execução e promove as correções devidas. O cerebelo também participa da manutenção do tônus muscular, pois alguns de seus núcleos mantêm certo nível de atividade espontânea, que chega ao neurônio motor. Até pouco tempo as estruturas que compunham as vias eferentes estavam agrupadas em sistema piramidal e extrapiramidal. Nessa divisão, o sistema piramidal é o único responsável pelos movimentos voluntários, algo questionável, uma vez que núcleos do corpo estriado, parte do sistema extrapiramidal, exercem influência sobre os neurônios motores. Esses termos, no entanto, são ainda muito usados, sobretudo na área clínica. Assim, em vez de serem divididas em sistemas, as vias eferentes são classificadas de acordo com o trato ao qual pertence.
O controle do sistema motor é feito com a atuação do córtex cerebral, o qual envia impulsos nervosos através de uma via, o trato córtico-espinhal, que passam muitas vezes por interneurônios e chegam ao neurônio motor primário ou motoneurônio, sendo esse responsável pela inervação do músculo e seu eventual estímulo. O trato córtico-espinhal inicia-se em diversas regiões do córtex cerebral. A principal região, que envia 31% dos axônios presentes no trato córtico-espinhal, é a área 4 de Broadmann, ou melhor, o córtex motor primário. As fibras seguem através da coroa radiada, porção posterior da cápsula interna, base do pedúnculo cerebral, base da ponte e pirâmide bulbar. Ao nível da decussação das pirâmides, uma parte das fibras continua ventralmente, constituindo o trato córtico-espinhal anterior, que posteriormente cruza na comissura branca da medula para fazer sinapse com neurônios motores contralaterais. Outra parte das fibras cruza na decussação das pirâmides para constituir o trato córtico-espinhal lateral que faz sinapse com neurônios motores ipsilaterais. Essas fibras terminam em neurônios motores que controlam tanto a musculatura axial como distal e são as principais responsáveis pela motricidade voluntária no homem. Outros tratos também influenciam a motricidade, entretanto, a capacidade de realizar movimentos independentes dos dedos é uma característica dos primatas que se deve ao trato córtico-espinhal.
Semelhante ao trato córtico-espinhal, existe o trato córtico-nuclear ou córtico-bulbar, diferindo daquele pelo fato de transmitir impulsos do córtex cerebral aos neurônios motores do tronco encefálico em vez da medula. Além disso, o trato córtico-bulbar tem um grande número de fibras homolaterais, ou seja, a maioria dos músculos da cabeça está representada no córtex motor dos dois lados.
Controla a motricidade dos músculos distais dos membros e favorece a resposta flexora. Esse trato inicia-se no núcleo rubro e cruza a linha média, passando pelo tronco encefálico e juntando-se ao trato córtico-espinhal lateral no funículo lateral da medula.
Age na manutenção do equilíbrio, influencia a musculatura axial e favorece a resposta extensora. Seus impulsos partem da região vestibular do ouvido interno e do cerebelo e são transmitidos ao neurônio motor por fibras que descem pelo funículo ventral medial da medula.
Influencia os músculos axiais e proximais dos membros, ajustando a postura. A partir dos núcleos da formação reticular partem dois tratos importantes para a função motora. O trato retículo-espinhal pontino que surge dos núcleos reticulares da ponte e desce ipsilateralmente para todos os níveis da medula pelo funículo ventral medial, sua ação é aumentar os reflexos antigravitacionais da medula, pois facilita os extensores dos membros inferiores, auxiliando na manutenção da postura ereta. O trato retículo-espinhal bulbar surge a partir do núcleo gigantocelular, no bulbo, e desce bilateralmente na medula pelas colunas brancas laterais. Esse trato se opõe aos reflexos gravitacionais.
Está envolvido em reflexos nos quais a movimentação da cabeça decorre de estímulos visuais. Surge no colículo superior, presente no mesencéfalo, o qual recebe fibras da retina e do córtex visual.
Figura 1.Representação esquemática das vias motoras eferentes somáticas.
Esses tratos atravessam regiões distintas da medula e obedecem a características somatotópicas. Juntos o trato córtico-espinhal lateral, o trato rubro-espinhal e o retículo-espinhal bulbar passam pela via lateral da medula, formando o sistema ativador lateral, que apresentam aspectos somatotópicos na medula, controlando, assim, as partes distais com movimentos finos e precisos. Já os tratos vestibulo-espinhal, tecto-espinhal, reticulo-espinhal pontino e córtico-espinhal anterior passam pela via medial da medula, formando o sistema ativador medial e controlando principalmente as partes proximais do corpo.
Bibliografia
Machado, A.B.M. Neuroanatomia funcional. 2a ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2000.
Kingsley, R.E. Manual de Neurociência. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Media:Exemplo.ogg