Gravidez Ectópica

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(Prenhez Tubária)
 
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A fisiopatologia mais aceita é a lentificação ou obstrução do trânsito do ovo para o útero e implantação antecipada.
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*Cirurgias abdominais prévias;
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*Infecção pélvica prévia;
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=Formas Raras de Prenhez Ectópica=
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Principal topografia de prenhez ectópica, corresponde a 95-99% dos casos. De início, há sintomas inespecíficos, mas logo pode causar rotura (30%) com hemorragia interna. Caracteriza-se pela tríade:
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Refere-se a rotura tubária, que acontece em 30% das gestações tubárias. É mais comum a implantação do saco embrionario no istmo. Há abundante hemorragia intraperitoneal, dor aguda na fossa ilíaca ou hipogastro e pode evoluir para choque hipovolêmico.
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Pode haver Sinal de Laffon (dor no ombro por irritação do nervo frênico), Sinal de Cullen e Grey-Turner (equimoses periumbilical e em flancos), Sinal de Blumberg (dor a descompressão brusca do abdome) e Sinal de Proust (dor a palpação do fundo de saco de Douglas).
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Outros achados são a dor a movimentação do colo uterino, palpação de massa abdominal, náuseas, lipotímia e sinais de descompensação.
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==Quadro Subagudo==
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Refere-se a 70% dos casos, em que o dignóstico é anterior a rotura tubária. A implantação do ovo embrionário costuma estar na ampola da trompa acometida.
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A perda sanguínea nesse caso decorre da separação parcial do trofoblasto e da placenta.
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Se houver valores de beta-HCG acima de 1500mUI/mL e 6500mUI/mL, deve ser possível de visualizar a imagem de gravidez no útero pela USG transvaginal e USG abdominal respectivamente. Se não houver visualização nesses casos, deve-se pensar em prenhez ectópica.
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Pulsão do fundo de saco de Douglas. Se houver PE, obtem-se sangue escuro não coagulado.
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Em caso de instabilidade hemodinâmica, é necessário o procedimento cirurgico para resolução imediata do quadro.
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==Cirurgia Radical==
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Salpingectomia. É indicada em casode instabilidade hemodinâmica, rotura tubária, prole completa ou PE recorrente em mesma tuba.
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==Cirurgia Conservadora==
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Salpingostomia linear, seguido de sucção do material embrionário. A tuba não é suturada, a cicatrização é por segunda intenção. É indicada no caso de estabilidade hemodinâmica e tuba íntegra, desejo de gravidez por parte da paciente.
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==Medicamentoso==
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Método mais barato, com mesmo indice de recidiva de prenhez tubária que as outras opções terapéuticas. É indicado quando todos os critérios abaixo são preenchidos:
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*Idade Gestacional < 6 semanas
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*Saco gestacional < 3,5cm
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*Ausência de BCF
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*Beta-HCG < 5000mUI/mL
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A droga utilizada é o Metotrexate IM, dose única, 50mg/m². Deve-se dosar o beta-HCG nos dias 0, 4 e 7 do tratamento. Se a queda do valor for maior do que 15% em medições consecutivas, considera-se o tratamento exitoso e deve-se obter a dosagem dessa substancia semanalmente até a sua negativação. Se não houver queda, deve-se repetir o esquema terapeutico. POde-se repetir a administração de metotrexate duas vezes,se não houver sucesso terapeutico, recomenta-se o tratamento cirurgico.
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Indicado em casos de níveis decrescentes de beta-HCG e estabilidade hemodinâmica.

Edição atual tal como 00h45min de 1 de Setembro de 2009

Texto de Luana Silva Bessa Guimarães

Tabela de conteúdo

Definição

Gestações que ocorrem fora da cavidade endometrial.

Incidência

A incidência é 1-2%, sendo mais frequente em mulheres com mais de 30 anos. É responsavel por 5-10% das causas de morte relacionada à gravidez.

Patogênese e Fatores de Risco

A fisiopatologia mais aceita é a lentificação ou obstrução do trânsito do ovo para o útero e implantação antecipada.

Fatores de risco
Baixo Risco
  • Cirurgias abdominais prévias;
  • Uso frequente de duchas vaginais;
  • Tabagismo;
  • Início da atividade sexual com menos de 18 anos;
  • Fertilização in vitro.
Moderado Risco
  • Infecção pélvica prévia;
  • Endometriose pélvica;
  • Múltiplos parceiros sexuais;
  • Infertilidade tratada com indução de ovulação.
Alto Risco
  • Cirurgia prévia sobre a trompa;
  • Exposição ao dietilestilbestrol intra-útero;
  • Uso de DIU;
  • Gestação ectópica prévia;
  • Salpingites e endossalpingites;
  • Alterações anatômicas;
  • Endometriose.

Formas Raras de Prenhez Ectópica

Prenhez ovariana 0,5-3%
Prenhez angular ou cornual 2-3%
Prenhez cervical 0,5%
Prenhez Abdominal 1,4%
Prenhez tubária 95-98%

Prenhez Tubária

Principal topografia de prenhez ectópica, corresponde a 95-99% dos casos. De início, há sintomas inespecíficos, mas logo pode causar rotura (30%) com hemorragia interna. Caracteriza-se pela tríade:

  • Dor abdominal
  • Amenorréia
  • Sangramento vaginal

Quadro Agudo

Refere-se a rotura tubária, que acontece em 30% das gestações tubárias. É mais comum a implantação do saco embrionario no istmo. Há abundante hemorragia intraperitoneal, dor aguda na fossa ilíaca ou hipogastro e pode evoluir para choque hipovolêmico.

Pode haver Sinal de Laffon (dor no ombro por irritação do nervo frênico), Sinal de Cullen e Grey-Turner (equimoses periumbilical e em flancos), Sinal de Blumberg (dor a descompressão brusca do abdome) e Sinal de Proust (dor a palpação do fundo de saco de Douglas).

Outros achados são a dor a movimentação do colo uterino, palpação de massa abdominal, náuseas, lipotímia e sinais de descompensação.

Quadro Subagudo

Refere-se a 70% dos casos, em que o dignóstico é anterior a rotura tubária. A implantação do ovo embrionário costuma estar na ampola da trompa acometida.

A perda sanguínea nesse caso decorre da separação parcial do trofoblasto e da placenta.

Diagnóstico

Dosagem sérica de Beta-HCG

Se o exame for negativo, afasta-se a hipótese de prenhez ectópica.

Se positivo, há gestação, sendo necessário investigar o local de implantação do embrião. Valores acima de 1500mUI/mL, demontram a possibilidade de visualização do ovo embrionário a USG transvaginal.

Ultrassonografia

Se houver valores de beta-HCG acima de 1500mUI/mL e 6500mUI/mL, deve ser possível de visualizar a imagem de gravidez no útero pela USG transvaginal e USG abdominal respectivamente. Se não houver visualização nesses casos, deve-se pensar em prenhez ectópica.

Culdocentese

Pulsão do fundo de saco de Douglas. Se houver PE, obtem-se sangue escuro não coagulado.

Laparoscopia

Em caso de instabilidade hemodinâmica, é necessário o procedimento cirurgico para resolução imediata do quadro.

Tratamento

Cirurgia Radical

Salpingectomia. É indicada em casode instabilidade hemodinâmica, rotura tubária, prole completa ou PE recorrente em mesma tuba.

Cirurgia Conservadora

Salpingostomia linear, seguido de sucção do material embrionário. A tuba não é suturada, a cicatrização é por segunda intenção. É indicada no caso de estabilidade hemodinâmica e tuba íntegra, desejo de gravidez por parte da paciente.

Medicamentoso

Método mais barato, com mesmo indice de recidiva de prenhez tubária que as outras opções terapéuticas. É indicado quando todos os critérios abaixo são preenchidos:

  • Idade Gestacional < 6 semanas
  • Saco gestacional < 3,5cm
  • Ausência de BCF
  • Beta-HCG < 5000mUI/mL

A droga utilizada é o Metotrexate IM, dose única, 50mg/m². Deve-se dosar o beta-HCG nos dias 0, 4 e 7 do tratamento. Se a queda do valor for maior do que 15% em medições consecutivas, considera-se o tratamento exitoso e deve-se obter a dosagem dessa substancia semanalmente até a sua negativação. Se não houver queda, deve-se repetir o esquema terapeutico. POde-se repetir a administração de metotrexate duas vezes,se não houver sucesso terapeutico, recomenta-se o tratamento cirurgico.

Expectante

Indicado em casos de níveis decrescentes de beta-HCG e estabilidade hemodinâmica.

Ferramentas pessoais