Tumefação abdominal e Ascite

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(ascite, volume abdominal, aumento)
 
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Doenças sistêmicas, ou mesmo uma patologia abdominal insuspeita, podem se manisfestar com aumento do volume abdominal. Distúrbios gastrintestinais funcionais levam a um aumento do volume abdominal subjetivo, em que há a sensação de plenitude gástrica. Também deve-se atentar ao aumento do volume abdominal por deposição de panículo adiposo, como na obesidade.
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Doenças sistêmicas ou mesmo uma patologia abdominal insuspeita podem se manisfestar com aumento do volume abdominal. Distúrbios gastrintestinais funcionais levam a um aumento do volume abdominal subjetivo, em que há a sensação de plenitude gástrica. Também deve-se atentar ao aumento do volume abdominal por deposição de panículo adiposo, como na obesidade.
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Durante a inspeção, deve-se diferenciar entre uma distensão localizada ou generalizada. À ausculta, podemos evidenciar borborigmo rápido e agudo da obstrução intestinal precoce ou um som de sucussão devido ao aumento de líquido e gás em víscera oca dilatada. À palpação, deve-se tentar identificar se a massa é sólida ou cística, lisa ou irregular e se é móvel.
Durante a inspeção, deve-se diferenciar entre uma distensão localizada ou generalizada. À ausculta, podemos evidenciar borborigmo rápido e agudo da obstrução intestinal precoce ou um som de sucussão devido ao aumento de líquido e gás em víscera oca dilatada. À palpação, deve-se tentar identificar se a massa é sólida ou cística, lisa ou irregular e se é móvel.
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O acúmulo de líquido na cavidade abdominal é denominado ascite, esta pode ser simulada por várias condições, como cistos ovarianos, hidronefrose e cistos renais.  
O acúmulo de líquido na cavidade abdominal é denominado ascite, esta pode ser simulada por várias condições, como cistos ovarianos, hidronefrose e cistos renais.  
As causas mais frequentes de ascite são:
As causas mais frequentes de ascite são:
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1. Hepáticas: cirrose e fibrose esquistossomótica
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2. Cardiocirculatórias: insuficiência cardíaca e trombose venosa
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3. Renais: síndrome nefrótica
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4. Inflamatórias: TB
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5. Neoplásicas: tumores do fígado, do ovário, do estômago e carcinomatose.
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A fisiopatologia da ascite varia de acordo com a condição subjacente. No caso da ascite da insuficiência cardíaca, o aumento da pressão hidrostática e a retenção de água e sódio são os principais fatores, sendo, pois, um quadro de retenção hídrica, associado a edema de membros inferiores, da região pré-sacral, da face e derrames de outras cavidades.
A fisiopatologia da ascite varia de acordo com a condição subjacente. No caso da ascite da insuficiência cardíaca, o aumento da pressão hidrostática e a retenção de água e sódio são os principais fatores, sendo, pois, um quadro de retenção hídrica, associado a edema de membros inferiores, da região pré-sacral, da face e derrames de outras cavidades.
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Quando se verifica valores acima de 250 células/mm3 na citometria, sugere peritonite bacteriana espontânea. A dosagem de albumina do líquido ascítico deve ser feita associada à dosagem de albumina do soro (Galb = Alb. Sérica – Alb. Ascite). Quando o Galb está acima de 1,1, suspeita-se de hipertensão portal. Em neoplasias, síndrome nefrótica, TB e carcinomatose, este gradiente é menor que 1,1. O nível de glicose, quando muito baixo (em torno de 60mg/100ml), sugere ascite turberculosa ou secundária à perfuração intestinal. Pode-se avaliar também amilase, cultura bacteriana, pH e citologia para auxílio no diagnóstico diferencial.
Quando se verifica valores acima de 250 células/mm3 na citometria, sugere peritonite bacteriana espontânea. A dosagem de albumina do líquido ascítico deve ser feita associada à dosagem de albumina do soro (Galb = Alb. Sérica – Alb. Ascite). Quando o Galb está acima de 1,1, suspeita-se de hipertensão portal. Em neoplasias, síndrome nefrótica, TB e carcinomatose, este gradiente é menor que 1,1. O nível de glicose, quando muito baixo (em torno de 60mg/100ml), sugere ascite turberculosa ou secundária à perfuração intestinal. Pode-se avaliar também amilase, cultura bacteriana, pH e citologia para auxílio no diagnóstico diferencial.
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- Harrison - Medicina Interna 17a. edição McGraw Hill
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- Semiologia Médica - As bases do diagnóstico clínico - Mario López e J. Laurentys-Medeiros - 5a. edição - Revinter

Edição atual tal como 01h37min de 28 de Junho de 2012

Texto de Clara Mota Randal Pompeu

Tumefação abdominal

Doenças sistêmicas, ou mesmo uma patologia abdominal insuspeita, podem se manisfestar com aumento do volume abdominal. Distúrbios gastrintestinais funcionais levam a um aumento do volume abdominal subjetivo, em que há a sensação de plenitude gástrica. Também deve-se atentar ao aumento do volume abdominal por deposição de panículo adiposo, como na obesidade.

Durante a inspeção, deve-se diferenciar entre uma distensão localizada ou generalizada. À ausculta, podemos evidenciar borborigmo rápido e agudo da obstrução intestinal precoce ou um som de sucussão devido ao aumento de líquido e gás em víscera oca dilatada. À palpação, deve-se tentar identificar se a massa é sólida ou cística, lisa ou irregular e se é móvel.


Ascite

O acúmulo de líquido na cavidade abdominal é denominado ascite, esta pode ser simulada por várias condições, como cistos ovarianos, hidronefrose e cistos renais.

As causas mais frequentes de ascite são:

1. Hepáticas: cirrose e fibrose esquistossomótica

2. Cardiocirculatórias: insuficiência cardíaca e trombose venosa

3. Renais: síndrome nefrótica

4. Inflamatórias: TB

5. Neoplásicas: tumores do fígado, do ovário, do estômago e carcinomatose.


A fisiopatologia da ascite varia de acordo com a condição subjacente. No caso da ascite da insuficiência cardíaca, o aumento da pressão hidrostática e a retenção de água e sódio são os principais fatores, sendo, pois, um quadro de retenção hídrica, associado a edema de membros inferiores, da região pré-sacral, da face e derrames de outras cavidades.

No caso de uma origem renal, como na síndrome nefrótica, a hipoproteinemia levando a uma diminuição da pressão osmótica associada à retenção de sal e água são os mecanismos básicos observados. É comum encontrar edema facial, além de edema de membros inferiores e da região pré-sacral. Quando há ascite associada a processos inflamatórios ou neoplásicos, não observamos edema em outras regiões.

Ao exame físico, podemos notar um abdome globoso ou de batráquio, a pele apresenta-se lisa, brilhante e fina. A ruptura de fibras elásticas leva ao aparecimento de estrias. O aumento da pressão abdominal pode levar à protusão da cicatriz umbilical, hérnias inguinais e escrotais. O exame do líquido ascítico tem grande valor diagnóstico e é obtido por paracentese. O aspecto do líquido é importante, quando límpido, sugere transudato, quando amarelo-citrino, exsudato. Em condições em que há icterícia associada, a cor tende a ser amarelo-escura. Uma neoplasia maligna pode levar a uma ascite hemorrágica, em que o líquido apresenta-se cor de rosa. Quando turvo ou francamente purulento, associa-se a infecção bacteriana.

Quando se verifica valores acima de 250 células/mm3 na citometria, sugere peritonite bacteriana espontânea. A dosagem de albumina do líquido ascítico deve ser feita associada à dosagem de albumina do soro (Galb = Alb. Sérica – Alb. Ascite). Quando o Galb está acima de 1,1, suspeita-se de hipertensão portal. Em neoplasias, síndrome nefrótica, TB e carcinomatose, este gradiente é menor que 1,1. O nível de glicose, quando muito baixo (em torno de 60mg/100ml), sugere ascite turberculosa ou secundária à perfuração intestinal. Pode-se avaliar também amilase, cultura bacteriana, pH e citologia para auxílio no diagnóstico diferencial.



Bibliografia

- Harrison - Medicina Interna 17a. edição McGraw Hill

- Semiologia Médica - As bases do diagnóstico clínico - Mario López e J. Laurentys-Medeiros - 5a. edição - Revinter

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