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Indicados na presença de escarro purulento. | Indicados na presença de escarro purulento. | ||
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+ | Júlio César Abreu de Oliveira1, José Roberto Jardim2, Erich Vidal Carvalho3. DPOC - Pneumoatual |
Texto de Luana Silva Bessa Guimarães
Tabela de conteúdo |
Doença caracterizada pela obstrução crônica e parcialmente reversível das vias aéreas inferiores e destruição progressiva do parênquima pulmonar. Nessa patologia, a inflamação possui um componente irreversível, constituído por espessamento inflamatório e fibrose da parede dos brônquios distais e bronquíolos.
Tabagismo, exposição ocupacional a irritantes químicos, má condições socioeconômicas, história de infecções respiratórias graves, deficiência de alfa-1-antitripsina.
O risco de DPOC devido à carga tabágica cumulativa. A partir de 20 maços.ano a incidência aumenta bastante. Carga tabágica maior que 40 maços.ano tem chance de 25% de ter DPOC.
A DPOC é composta de três componentes patológicos, que costumam coexistir em um único paciente.
Inflamação da parede dos brônquios com lúmen maior que 2 mm. É formada por infiltrado leucocitário misto, metaplasia de celulas caliciformes e hiperplasia das glândulas submucosas. Essas alterações resultam em diminuição do calibre dessas estruturas e conseqüente obstrução do fluxo aéreo.
Clinicamente, o paciente apresenta tosse produtiva e sinais de obstrução das vias aéreas.
Inflamação da parede dos bronquíolos (bronquilite) e pequenos brônquios com lúmen menor que 2 mm. Essa parede costuma estar espessada.
É o principal componente obstrutivo. O paciente apresenta dispnéia e distúrbio de trocas gasosas.
Destruição progressiva dos septos alveolares e/ou parede dos brônquios respiratórios e diminuição da capacidade de sustentação dos bronquíolos durante a expiração.
Comprometimento dos bronquíolos respiratórios, com predomínio nos lobos superiores. É o quadro típico ocasionado pelo tabagismo.
Comprometimento de todo o ácino. Típico de deficiência de alfa-1-antitripsina.
A queixa mais marcante dos pacientes com DPOC é a dispnéia aos esforços, cuja evolução é insidiosa, progressiva.
A tosse também é bastante frequente nesse grupo de pacientes, sendo comumente produtiva.
Bronquite crônica | Tosse produtiva por mais de 3 meses consecutivos de um ano e há mais de 2 anos. |
O exame físico varia de acordo com a forma predominante da doença (enfisematoso ou bronquítico) e revela dois esteriótipos de pacientes:
"Sopradores róseos". É o esteriótipo do enfisematoso. Paciente magro, consumidos. À inspeção notam-se a pletora facial e o tórax em tonel. Dispnéia do tipo expiratória, sem sinais de cor pumonale e hipoxemia significativa. À ausculta, espera-se diminuição dos murmúrios vesiculares. sem ruídos adventícios.
"Inchados azuis". É o esteriótipo do bronquítico grave. Paciente obeso e tem sindrome da apnéia do sono. Há distúrbio grave de trocas gasosas, o que induz hipoxemia significativa, manifesta como cianose. Espera-se sinais de cor pumonale e, portanto, manifestações de insuficiência ventricular direita e de congestão sistêmica. À ausculta pulmonar, encontram-se ruídos adventícios.
O exame mandatório para o paciente com suspeita de DPOC é a Prova de Função Pulmonar, que dará informações importantes sobre o aspecto funcional da doença.
Critério Diagnóstico para DPOC | Relação VEF1/CVF inferior à 0,7 mesmo após a prova broncodilatadora. |
O grau de obstrução é dado pelo VEF1, sendo o parametro utilizado para o estadiamento da doença. É também utilizado como índice prognóstico e pré-operatório.
O primeiro parâmetro a se alterar é o FEF 25-75%, sendo portanto o mais sensível.
Estágio I: DPOC leve | VEF1/CVF < 70% (critério diagnóstico)
VEF1 > 80% do previsto |
Estágio II: DPCO moderada | VEF1/CVF < 70% (critério diagnóstico)
VEF1 ente 50-80% do previsto |
Estágio III: DPOC grave | VEF1/CVF < 70% (critério diagnóstico)
VEF1 entre 30-50% do previsto |
Estágio IV: DPCO muito grave | VEF1/CVF < 70% (critério diagnóstico)
VEF1 < 30% do previsto ou VEF1 < 50 % com insuficiência respiratória (PaO2 < 60mmHg) |
Ao parar de fumar, controla-se a progressão da doença, que permanece estável nos anos seguintes. Há melhora dos sintomas.
Pode-se fazer uso de terapia farmacológica.
As indicações para essa terapeutica são:
Ou:
Na presença de:
São sempre indicados.
Sempre indicados.
Indicados na presença de escarro purulento.
Referências
Júlio César Abreu de Oliveira1, José Roberto Jardim2, Erich Vidal Carvalho3. DPOC - Pneumoatual