Constipação Funcional

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Constipação Funcional
 
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Referida como defecação difícil, infrequente, acompanhada muitas vezes por sensação de esvaziamento incompleto, é uma queixa bastante comum na prática diária. A maior parte da população tem o hábito intestinal de defecar três vezes por semana, porém não fazer parte desse grupo não é critério suficiente para definição de constipação.
 
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Geralmente apresentam-se fezes endurecidas ou “em pelotas”, causadas pela lentificação do trânsito intestinal. Muitos pacientes, apesar de apresentarem um número de evacuações semanais dentro da normalidade, queixam-se de plenitude abdominal inferior, esforço excessivo, sensação de esvaziamento incompleto e fezes endurecidas. Fatores psicossociais estão diretamente relacionados aos sintomas. É mais comum em mulheres, e estatísticas mostram que 3 a 28% da população possuem sintomas de constipação. Faz-se presente também em idosos, principalmente devido ao uso de medicamentos, hábito sedentário e tendência à desidratação.
 
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Uma história de constipação crônica muitas vezes deve-se à ingestão inadequada de líquidos e fibras. Distúrbios neurogastroenterológicos, bem como idade avançada, fármacos e doenças sistêmicas podem levar a trânsito colônico ou função anorretal desordenada. As fibras diminuem o tempo de trânsito colônico, aumento a frequência de evacuações e promovem fezes mais amolecidas.  Diversas afecções fazem parte do diagnóstico diferencial, podemos citar: Síndrome do Intestino Irritável, Doença de Chagas (presença do megacólon),  doença diverticular, hipotireoidismo, hipercalcemia, gravidez, distúrbios alimentares, esclerose múltipla, dentre outros.
 
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Quando tem início recente, deve-se pensar em estenose ou tumor. Devemos estar sempre atentos aos sinais de alarme, tais como: perda de peso, sangramentos, comorbidades, anemia, presença de massas e/ou gânglios, idade e antecedentes de neoplasia. Espasmo do esfíncter anal, por fissuras anais e hemorroidas dolorosas, também podem levar a uma constipação de início recente.
 
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Na abordagem ao paciente, presença de perda de peso, sangramento e anemia tornam necessária a realização de uma sigmoidoscopia com enema de bário ou uma colonoscopia, sendo esta mais vantajosa por possibilitar biópsia de lesões, polipectomia e dilatação de estenoses.
 
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Para investigação diagnóstica, devem ser realizados exames laboratoriais, como hemograma completo, VHS, creatinina, TSH, T4 livre, cálcio, potássio, albumina; pesquisa de sangue oculto nas fezes; glicemia; endoscopia. Exames radiológicos também se fazem úteis, como esofagograma, seriografia, trânsito intestinal e enema opaco.
 
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Sendo evidenciada uma constipação funcional (sem causa orgânica evidente), o tratamento baseia-se em dieta rica em fibras (15 a 25g/dia), corrigir o hábito intestinal (recomenda-se todos os dias, pela manhã, após o desjejum, um período de 15 a 20 minutos no vaso sanitário sem distrações e sem realizar esforço), a prática de exercícios físicos também auxilia. Caso se faça necessário o uso de medicamentos, preconiza-se o uso de laxantes, como os laxativos osmóticos, como lactulose, sorbitol e polietilenoglicol.
 

Edição atual tal como 21h58min de 29 de Abril de 2012

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