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O gene '''mecA''', de estafilococos resistentes à meticilina, é especialmente prevalente nas cepas presentes na comunidade. A toxina PVL (leucocidina Panton-Valentine), leucotóxica, é também encontrada mais frequentemente nas cepas causadoras de infecção na comunidade. | O gene '''mecA''', de estafilococos resistentes à meticilina, é especialmente prevalente nas cepas presentes na comunidade. A toxina PVL (leucocidina Panton-Valentine), leucotóxica, é também encontrada mais frequentemente nas cepas causadoras de infecção na comunidade. | ||
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- | ''Fonte: Microbiologia Médica; Murray'' | + | ''Fonte: Microbiologia Médica; Patrick R. Murray - Tradução da 6ª edição'' |
Texto de Caio Mayrink
STAPHYLOCOCCUS
Staphylococcus são cocos Gram positivos de formato esférico, aeróbios facultativos e catalase positivos, ou seja, degradam peróxido de hidrogênio.
Tabela de conteúdo |
Os estafilococos são separados em dois grandes grupos, de acordo com a presença de uma determinada enzima: coagulase positivos e coagulase negativos. A coagulase é uma enzima que pode estar presente na parede celular ou ser livremente secretada pela bactéria. Ela promove conversão de fibrinogênio em fibrina e, consequentemente, formação de coágulos. A função da coagulase é especulativa; é associada a um mecanismo de evasão da fagocitose por criar uma rede de fibrina ao redor do abcesso.
A maioria dos estafilococos apresentam uma cápsula polissacarídea, determinante na sua virulência. Externamente à cápsula, essas bactérias produzem um filme de açúcares e peptídeos solúveis em água, a camada limosa, adjuvante na adesão da colônia bacteriana.
Existe uma classe importante de estafilococos , resistentes à oxacilina (meticilina) e conhecida como MRSA (Methicilin-resistant Staphylococcus aureus). As infecções por MRSA já foram exclusivas de hospitais, mas hoje já são encontradas na comunidade também.
Essas bactérias são também resistente a todos os beta-lactâmicos.
O gene mecA, de estafilococos resistentes à meticilina, é especialmente prevalente nas cepas presentes na comunidade. A toxina PVL (leucocidina Panton-Valentine), leucotóxica, é também encontrada mais frequentemente nas cepas causadoras de infecção na comunidade.
A conduta de escolha para infecção por Staphylococcus aureus resistente à oxacilina é o uso de antibióticos da ordem dos cefens, como a cefepima.
A proteína A é um peptídeo encontrado especificamente na superfície de estafilococos coagulase positivos e tem como efeito ligação ao terminal Fc de imunoglobulinas da classe G. Isso dificulta sua identificação por células apresentadoras de antígeno e a opsonização por complemento.
Estafilococos produzem uma série de citotoxinas responsávei por hemólise, lise de leucócitos, de fibroblastos, de macrófagos, de células parenquimatosas, etc. Essas citotoxinas (α, β, σ, γ e PVL) são também erroneamente chamadas hemolisinas.
Staphylococcus produzem ainda toxinas esfoliativas, não associadas a inflamação, causadoras da dermatite esfoliativa estreptocócica.
As enterotoxinas estafilocócicas são superantígenos, portanto, causadoras de grande reação inflamatória. A produção dessas enterotoxinas é a causa de intoxicações alimentares estafilocócicas, enterocolite pseudomembranosa, disenteria e êmese.
Esse cocos produzem ainda uma série de enzimas adjuvantes na invasão tissular, como hialuronidases, lípases e fibrinolisinas.
Fonte: Microbiologia Médica; Patrick R. Murray - Tradução da 6ª edição