Sídrome do Intestino Irritável

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• Outras queixas no TGI: Gases, flatulência, náuseas, vômitos, flatulência, dispepsia, pirose e etc.
• Outras queixas no TGI: Gases, flatulência, náuseas, vômitos, flatulência, dispepsia, pirose e etc.
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==Diagnóstico==
==Diagnóstico==

Edição de 04h16min de 7 de Junho de 2011

Texto de Danni Wanderson


Síndrome do Intestino Irritável



A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um transtorno funcional do trato gastrointestinal (TGI) caracterizado por dor e/ou desconforto abdominal e hábitos intestinais alterados cronicamente sem que haja qualquer evidência de alterações bioquímicas, metabólicas ou estruturais no TGI.


Tabela de conteúdo

Epidemiologia

  • Atinge 10-20% da população
  • Predomina no sexo feminino (3:1)
  • Acomete todas as idades (maioria antes dos 45 anos)
  • Corresponde a cerca de 30% dos atendimentos ambulatoriais em gastroenterologia

Fisiopatologia

Pouco se sabe sobre a patogenia da SII. Há evidências científicas que sugerem a participação conjunta de 3 alterações em mecanismos fisiológicos:

• Alterações de motilidade do TGI

• Hipersensibilidade visceral do TGI

• Processamento sensorial alterado no SNC

A dor em cólica característica dos indivíduos com SII resulta de contrações anormalmente fortes da musculatura lisa intestinal ou da sensibilidade indevida à distensão do intestino.

Muitos dos pacientes com SII que procuram atendimento médico possuem algum tipo de acometimento psiquiátrico mas não existe predominância de um diagnóstico psiquiátrico.

Há relação comprovada entre o desenvolvimento de SII e a gastroenterite bacteriana sendo que 25% dos indivíduos acometidos por este tipo de infecção desenvolvem SII.

Manifestações Clínicas

• Dor abdominal em cólica recorrente.

• Alterações do hábito intestinal: Alternância entre prisão de ventre e diarréia, geralmente com predominância de um desses sintomas.

• Outras queixas no TGI: Gases, flatulência, náuseas, vômitos, flatulência, dispepsia, pirose e etc.

Diagnóstico

Para fazer o diagnóstico é preciso excluir outras causas. A identificação da síndrome clínica deve ser feita usando critérios diagnósticos como o de Roma III (o mais usado):

1. Descartar causas orgânicas e endócrinometabólicas

2. Nos últimos 3 meses, pelo menos 3 dias por mês de episódios de dor ou desconforto abdominal com mais pelo menos 2 das seguintes características:

- aliviada pela evacuação

- início associado à mudança na freqüência das evacuações

- início associado à mudança na forma (aparência geral) das fezes.

Tratamento

A primeira medida a ser tomada no tratamento de pacientes com SII é certificá-los da natureza funcional do distúrbio, da sua cronicidade e das maneiras de como o paciente pode evitar os agentes desencadeantes presentes como alguns tipos de alimentos, o álcool, o tabagismo e estressores.

A dieta rica em fibras e a suplementação dietética com fibras pode ser benéfica.

Em termos farmacológicos os medicamentos devem ser utilizados de acordo com o tipo de apresentação clínica do paciente, podendo o médico utilizar: Antiespasmódicos, antidiarréticos, antidepressivos e laxativos.

Os agonistas serotoninérgicos do receptor 5-HT4 podem ser usados em casos de SII com constipação.

Os antagonistas serotoninérgicos 5-HT3 podem ser usados pois agem reduzindo a hipersensibilidade visceral sendo úteis no combate à dor abdominal.

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