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(doença de gaucher, judeus ashkenazi, genética, depósito lisossômico, glicocerebrosídeos) |
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texto de Diego Ortega dos Santos
DOENÇA DE GAUCHER
A doença de Gaucher, descrita primeiramente por Philippe Ernest Gaucher em 1882, é a doença de depósito lisossômico mais comum, de fundo genético bem determinado. Ainda que rara, toma considerável importância em determinadas etnias e regiões.
Trata-se de um distúrbio autossômico recessivo que pode ser originado por de mais de 150 mutações alélicas diferentes no cromossomo 1, não sendo, portanto, possível a utilização do teste genético para fins diagnóstiscos. A doença de Gaucher se refere a um grupo de doenças resultantes de mutações no gene que codifica a glicorebrosidase ou beta-glicosidase, enzima responsável pela degradação dos glicocerebrosídeos. Os glicocerebrosídeos se formam continuamente a partir do catabolismo de glicolipídios derivados principalmente das membranas celulares de leucócitos senescentes e eritrócitos. As células fagocíticas distendidas, devido ao grande acúmulo de glicocerebrosídeos nos lisossomos, são chamadas de células de Gaucher. Ao contrário do que acontece nas outras doenças de armazenamento lisossômico, as células de Gaucher raramente aparecem vacuolizadas. Elas possuem um diâmetro maior que as células normais, como se estivessem inchadas, e apresentam núcleo mais escurecido, lembrando “papel amassado”.
O tratamento para a doença de Gaucher consiste na reposição enzimática, possibilitando a pacientes portadores do tipo I da doença uma expectativa de vida normal. Essa terapia é extremamente cara. No Brasil, todavia, a Sociedade do Gaucher pressionou o governo e agora o SUS cobre os custos da reposição enzimática, que nos EUA podem chegar a 200 mil doláres anuais. No caso do tipo I pode também ser tentado um transplante de medula óssea.
fonte: Bases Patológicas das Doenças, 8ed, Robbins & Cotran; www.doençadegaucher.com.br